Já ninguém tem dúvidas de que está na hora de mudar.
A Pandemia criou uma crise económica evidente, que afeta particularmente certas indústrias, e que ainda está no seu início. Mas esse não é o único fator disruptivo. Os clientes mudaram, o nível de exigência também, e os concorrentes já não chegam só da porta ao lado, mas sim do outro lado do planeta.
Aquilo que vos fez chegar até onde estão agora, não vai ser o mesmo que vos vai levar aos próximos patamares.
Há Governos que já estão a desenhar os seus planos de recuperação da economia, ou com fundos próprios, ou com fundos Europeus. Mas independentemente de se conseguir acesso a esses fundos, ou da utilização de reservas próprias, a mudança urge e os fundos terão de ser muito bem geridos. A alternativa é a perda de relevância no mercado e possível extinção.
Mais importante do que fazer os projetos bem, é fazer os projetos certos.
Há que ousar fazer diferente, a maioria das empresas já percebeu isso. Mas… e agora?!?
Vamos abordar os 3 erros mais típicos:
1. Achar que se fizermos bem os projetos todos que temos escolhidos na nossa estratégia, dentro do orçamento, dentro do prazo, com o âmbito determinado, vai correr tudo bem!
Errado. Mais importante do que fazer os projetos bem, é fazer os projetos certos.
O que é que isto quer dizer? Muitas vezes a estratégia de uma empresa é apenas uma coleção de projetos que cada uma das suas direções pretende ver implementados.
No entanto, faz falta um trabalho anterior a listar esses projetos e a usar boas práticas de gestão de projetos para os concluir com sucesso.
Faz falta perceber – em conjunto, sem silos – quais são os projetos certos a realizar. Quais são aqueles que estão mais alinhados com os desejos da organização e dos seus clientes, e consequentemente vão trazer melhores resultados à empresa.
2. Achar que fazer diferente significa descartar tudo aquilo que se fez até então.
Errado. Uma empresa acumulou muito conhecimento ao longo dos anos, que é um património que não se pode perder.
Com isto não quer dizer que se continuem a fazer as coisas da mesma forma, pois fazê-lo e esperar resultados diferentes é a definição de loucura, já o dizia Einstein.
Há sim que incorporar essa sabedoria no desenho de novas formas de fazer as coisas, em equipas multidisciplinares, de forma ágil, participativa, iterativa e – porque não – divertida.
3. Achar que se os Líderes da Empresa estiverem motivados e forem inspiradores, a transformação vai ser fácil.
Bem… aqui não posso dizer que esteja completamente errado. Errado está achar que isso é suficiente.
Sim, é crucial ter líderes motivados e inspiradores, mas ainda mais importante é ter toda a gente na mesma página, em relação ao que está a acontecer na empresa – que é de todos.
Comunicar, envolver, ouvir, incluir. Mudança não se faz para alguém, faz-se com alguém.
É nesta parte final em que vos digo como o Service Design vos pode ajudar a escolher esses projetos chave à vossa organização.
Numa altura em que os recursos são cada vez mais escassos, é crítico realizar boas escolhas:
- Perceber as necessidades dos vossos clientes e desenhar as melhores soluções, sejam produtos, serviços ou jornadas de cliente cativantes
- Criar produtos que as pessoas realmente queiram usar, seja dentro da vossa organização, ou direcionados aos vossos clientes
- Criar e conduzir transformações organizacionais que tenham o indivíduo como foco central. Pessoas felizes provocam clientes felizes!
Tudo isto feito com uma abordagem consciente, inclusiva e sustentável.
Feita uma pequena reflexão, chega então a hora da verdade: Qual o caminho que vais querer seguir?